Arquivo da categoria: Esporte

Jogadores franceses campeões do mundo relembram final da Copa de 98 contra o Brasil

Zidane, camisa 10, faz o primeiro gol da vitória da França sobre o Brasil na final da Copa de 1998. ©Luca Bruno/AP

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS – Na manhã da véspera da grande final do Mundial de 1998 entre a França de Zinedine Zidane, a anfitriã, e o Brasil de Ronaldo Fenômeno, o temido visitante, na caminhada após o ritual do “despertar muscular”, os quatro defensores dos Bleus, Marcel Desailly, Franck Leboeuf, Bixente Lizarazu e Lilian Thuram, se reuniram à parte para conversar sobre a partida.

– Tentávamos permanecer o mais tranquilo possível e brincar – relembra Thuram. – Quando não se tem muita experiência, na ansiedade se acaba jogando toda a partida um dia antes, algo que não se deve fazer. Então, resolvemos relaxar. Nos dizíamos como faríamos para marcar Ronaldo. Como Franck Leboeuf (que substituía o titular Laurent Blanc, suspenso) ia jogar a final, falamos para ele: “De qualquer maneira, veja só, Ronaldo faz jogo de pernas à direita, à esquerda, e, de repente, a bola desaparece!” (risos). Ele era um mágico, o melhor jogador do mundo, e o mais perigoso da equipe do Brasil. Continue lendo Jogadores franceses campeões do mundo relembram final da Copa de 98 contra o Brasil

Jogadores franceses relembram vitória sobre o Brasil na Copa de 1986

Luis Fernandez cobra o último pênalti da série e elimina o Brasil da Copa do México de 86. ©Sebastião Marinho/Agência O Globo

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS – Em 21 de junho de 1986, Michel Platini, então célebre capitão da seleção francesa e craque da Juventus de Turim, comemorou seu aniversário de 31 anos de forma inusitada. A festa vespertina foi organizada em plena Copa do Mundo, no hotel da concentração da equipe nacional, à beira do Lago Chapala, no México. O chef confeiteiro da delegação havia se esmerado durante horas na preparação de um enorme bolo no formato de um campo de futebol, que nem teve tempo de ser degustado, pois, em clima de comédia pastelão, acabou em poucos minutos lambuzado no rosto e nos cabelos dos jogadores. O ambiente era de júbilo. Poucas horas antes, Platini e seus fiéis companheiros haviam eliminado o Brasil nas quartas de final do Mundial do México, num jogo que entrou para a história da competição. Continue lendo Jogadores franceses relembram vitória sobre o Brasil na Copa de 1986

Formiga: a vida na França da ex-craque da Seleção Brasileira, agora no PSG

Formiga em seu parque preferido em Saint-Germain-en-Laye. ©Fernando Eichenberg

FERNANDO EICHENBERG – REVISTA PERSONNALITÉ

SAINT-GERMAIN-EN-LAYE – Miraíldes Maciel Mota costuma se assentar solitária em um dos bancos do vasto e belo jardim do castelo de Saint-Germain-en-Laye, localidade francesa de pouco mais de 40 mil habitantes, nos arredores de Paris. Ali, em meio à bucólica paisagem, se deixa levar por seus pensamentos, em aprazíveis momentos meditativos. Ela não teme – e até curte – a solidão, mas, a bem dizer, sua maior paixão é coletiva: o futebol. No seio da família, é simplesmente Mira, mas para os brasileiros que acompanham o futebol feminino e para suas adversárias pelo mundo, é a temível Formiga, infatigável e habilidosa volante que do alto de seu 1,62 metro de altura fez história na seleção canarinho com o número 8 às costas. Continue lendo Formiga: a vida na França da ex-craque da Seleção Brasileira, agora no PSG

Juntos há 16 anos, Tite e seu auxiliar Cléber Xavier planejam a primeira Copa

Cléber Xavier, auxiliar técnico de Tite há 16 anos. Fotos: ©Divulgação CBF

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

LILLE, FRANÇA – No comando da Seleção, Tite leva por onde vai uma sombra, constante fonte de luz para suas ideias, mas também de saudáveis dúvidas para suas certezas. A onipresente companhia tem um nome: Cléber Xavier, 53 anos, seu inseparável auxiliar técnico. Frequentemente chamado de « braço direito » ou « fiel escudeiro » do técnico, este gaúcho de Alegrete – e hoje carioca de adoção – é considerado ainda como um « segundo treinador », apenas um degrau abaixo quando se trata de tomar uma decisão final face a uma discordância. Apesar de extremamente diferentes no estilo e na personalidade, a dupla vive há 16 anos uma inabalável parceria nos gramados. Continue lendo Juntos há 16 anos, Tite e seu auxiliar Cléber Xavier planejam a primeira Copa

Algoz do Brasil na Copa de 86 elogia Seleção de Tite: “Equipe não afrouxa”

Luis Fernandez, carrasco do Brasil no México, em 1986. ©Fernando Eichenberg

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS – Em 26 de junho de 1986, no estádio Jalisco de Guadalajara, no México, o francês Luis Fernandez emudeceu o Brasil ao converter o pênalti decisivo que eliminou a Seleção de Zico e Sócrates nas quartas de final da Copa do Mundo (os franceses acabaram derrotados na semifinal pela Alemanha). Como jogador, Fernandez se ilustrou também no PSG. Como treinador, comandou o próprio clube da capital parisiense, mas também equipes estrangeiras, como o Athletic Bilbao. Hoje, aos 58 anos, é diretor esportivo do centro de formação do PSG. Para ele, a Seleção de Tite evoluiu em diferentes níveis em relação à equipe que naufragou no Mundial do Brasil, em 2014. Continue lendo Algoz do Brasil na Copa de 86 elogia Seleção de Tite: “Equipe não afrouxa”

Neymar: o iluminado

A Torre Eiffel foi iluminada com as cores do PSG e, com direito a um “Bem-vindo Neymar Jr.”, numa operação custeada pelo clube parisiense e criticada por políticos franceses. ©PSGinside

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS“Dream bigger”, “Rêvons plus grand” (sonhe maior) é o ambicioso slogan bilíngue do Paris Saint-Germain (PSG) desde que o clube passou sob o controle de investidores do Qatar, diminuto e rico país do Golfo Pérsico, em 2011. Com a ousada e histórica contratação de Neymar, a equipe da capital francesa foi catapultada a um novo status no futebol europeu e mundial, em busca de seu próximo objetivo: o cobiçado troféu da Liga dos Campeões, até hoje ausente das estantes de seu emblemático estádio, o Parc des Princes. Continue lendo Neymar: o iluminado

Rafael Nadal, rei do saibro, vence “La Décima” em Roland Garros

Nadal se atira na quadra após vencer seu décimo título em Roland Garros. Foto: C.Dubreuil-FFT

FERNANDO EICHENBERG  ∕  O GLOBO

PARIS – O espanhol Rafael Nadal sacramentou seu status de melhor tenista no saibro ao vencer seu décimo título no torneio de Roland Garros, em Paris, em um feito inédito e histórico. Em apenas duas horas e cinco minutos de jogo, o inconteste rei do Grand Slam francês despachou o suíço Stan Wawrinka em três sets: 6-2, 6-3 e 6-1. Ao final do partida, Nadal chorou sentado em sua banco à beira da quadra Philippe Chartrier, escondendo o rosto com uma toalha, antes da cerimônia de premiação. Continue lendo Rafael Nadal, rei do saibro, vence “La Décima” em Roland Garros

Guga e antigos rivais relembram os 20 anos do título mais improvável do torneio de Roland Garros

Guga na avenida de Champs-Elysées, em Paris para celebrar os 20 anos de sua maior conquista. Fotos © Fernando Eichenberg

FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS – O espanhol Sergi Bruguera simula uma repentina amnésia quando requisitado a recordar o dia 8 de junho de 1997, data em que sucumbiu em três sets na final do torneio de Roland Garros ao até então desconhecido Gustavo Kuerten, um jovem brasileiro de 20 anos com jeito de surfista, de farta cabeleira e uniforme de colorido extravagante, classificado na época no modesto 66° lugar do ranking do tênis mundial. “Prefiro pensar em 1993 e 1994 – diz espertamente o espanhol, exibindo um malicioso sorriso, referindo-se aos anos em que se sagrou campeão no Grand Slam do saibro francês”. Continue lendo Guga e antigos rivais relembram os 20 anos do título mais improvável do torneio de Roland Garros

Renaud Lavillenie: após as vaias, os aplausos em casa

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FERNANDO EICHENBERG/ O GLOBO

PARIS – Ovações, aplausos e um salto de 5m93 que lhe garantiu o primeiro lugar na etapa da Liga Diamante de Atletismo realizada no sábado à noite em Paris. Era tudo o que o atleta da casa, o francês Renaud Lavillenie, desejava para esquecer as vaias do público brasileiro e o segundo lugar do pódio na prova de salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio. Celebrado efusivamente pelas tribunas do Stade de France desde que seu nome foi anunciado ao microfone ao adentrar no estádio, Lavillenie superou o americano Sam Kendricks e o checo Jan Kudlicka. O brasileiro Thiago Braz, campeão olímpico no Brasil (6m03) não competiu na capital francesa, mas reencontrará o rival francês no meeting de Zurique, em 1° de setembro. Continue lendo Renaud Lavillenie: após as vaias, os aplausos em casa

As vaias da polêmica

Capture d’écran 2016-08-16 à 20.43.59FERNANDO EICHENBERG/ ZERO HORA

PARIS – As vaias do público brasileiro ao atleta francês Renaud Lavillenie na prova de salto com vara chegaram audíveis aqui na França, provocando ampla repercussão na mídia nacional. Mas além da reação da torcida no Rio, a reação do próprio francês, derrotado na reta final pelo brasileiro e novo recordista olímpico Thiago Braz, ecoou do outro lado do Atlântico. Lavillenie, medalha de ouro na modalidade em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, esperava repetir o feito no Rio, e não poupou palavras para descarregar sua frustração com a atitude da audiência nas tribunas olímpicas do Engenhão. Continue lendo As vaias da polêmica

“Ôle, Ôle, Ôle, Nole”

Novak Djokovic RG ©Fernando Eichenberg
Novak Djokovic deita no coração que desenhou no saibro da quadra de Roland Garros, após sua vitória, como fez Guga ao comemorar o tricampeonato em 2001.

FERNANDO EICHENBERG / OGLOBO                                                           

PARIS – Com sua raquete, Novak Djokovic desenhou um coração no saibro da quadra central de Roland Garros e se deitou em seu centro. Repetiu o gesto do ídolo Gustavo Kuerten, quando o brasileiro levantou o troféu do tricampeonato do torneio francês em 2001.

– Eu perguntei ao Guga se poderia fazê-lo, e ele me deu permissão- contou no microfone, em suas palavras diante dos espectadores. Foi a sua maneira de comemorar a tão esperada vitória em Paris, após três fracassadas tentativas (nas finais de 2012, 2014 e 2015), ao derrotar o escocês Andy Murray por 3∕6-6∕1-6∕2-6∕4 em três horas e três minutos de partida. Continue lendo “Ôle, Ôle, Ôle, Nole”