Nice: “Horrível, horrível”

Nice atentado
Serviços franceses socorrem as vítimas do ataque em Nice. ©Twitter

“Foi horrível, horrível, horrível”. Era só o que a brasileira Denise Barros, 37 anos, conseguia repetir após testemunhar a chacina provocada pelo ataque do caminhão em Nice, durante o espetáculo de fogos de artifício do 14 de julho, a data nacional da França. Maranhense, há dez anos na França, ela estava em Nice com o namorado francês para passar o feriado do 14 de julho, a data nacional da queda da Bastilha.


“Tinha ido jantar, depois fomos assistir aos fogos, estava caminhando de volta para casa quando veio uma maré humana, as pessoas correndo como se fosse uma espécie de arrastão, todo mundo gritando, um pânico total. E de repente vi aquele caminhão branco vindo da direção oposta, avançando sobre a multidão e passando por cima dos pedestres. Vi os corpos embaixo das rodas, o motorista manobrava perseguindo as pessoas, foi horrível, horrível”, contou, ainda assustada.


Denise correu com o namorado para se abrigar numa rua lateral, de onde diz ter escutado disparos de tiros. E logo se apressou em retornar ao local onde estava hospedada, no final da Promenade des Anglais. “Tinha muita criança, era o 14 de julho, uma festa de família, estava lotado. Vi pessoas gritando, crianças chorando. Perdi completamente a noção do tempo. A gente fica chocado e se sente impotente com esta violência, estes tipos de ataques. Horrível, horrível, horrível”, dizia.