FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO
PARIS – Em sua infância no Rio de Janeiro, a pequena Elizabeth costumava desenhar em detalhes as mechas dos cabelos do imperador Napoleão, copiadas de um livro de histórias. Já em sua pré-adolescência, passava noites em claro empolgada em fazer desenhos livres, de escassos traços. Sua mãe enxergou na filha um talento promissor, mostrou suas criações para o pintor Iberê Camargo, vizinho e amigo da família, e a jovem precoce entrou para a escola de artes de Frank Schaeffer. Suas obras da idade adulta, no entanto, não são exibidas em exposições e museus. Hoje, é ela própria quem projeta museus e tantas outras edificações de formas inovadoras pelos quatro cantos do mundo. Elizabeth de Portzamparc se tornou uma arquiteta de renome internacional, uma das poucas mulheres a se destacar em um meio ainda predominantemente masculino. Continue lendo Elizabeth de Portzamparc: “Não sou arquiteta. Sou um ser humano, mulher, que pratica arquitetura, urbanismo, fotografia, design, desenho”