Alerta contra o terrorismo

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FERNANDO EICHENBERG / O GLOBO

PARIS — A queda do avião da EgyptAir reavivou o temor da iminência da ameaça terrorista na França e recrudesceu a vigilância contra novos atentados e também nos aeroportos. Às vésperas do início da Eurocopa 2016 e do Tour de France — competições internacionais de futebol e de ciclismo que ocorrerão em solo francês em junho e julho próximos —, as autoridades reconhecem um nível de alerta terrorista extremo. Para o chefe da Direção Geral da Segurança Interna (DGSI), Patrick Calvar, a França é hoje “o país mais ameaçado” pelo Estado Islâmico (EI) e também pela al-Qaeda, “que quer recuperar sua força”. Ontem mesmo os parlamentares prorrogaram o estado de emergência, decretado no país após os ataques de novembro de 2015, por mais dois meses, até 26 de julho.


Mesmo sem a confirmação de um atentado terrorista no voo MS804 da companhia egípcia, a polícia especializada em transporte aéreo (GTA, na sigla em francês) deflagrou uma varredura no Aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, de onde decolou pela última vez o Airbus A320 desaparecido.


A investigação visou a todas as pessoas que tiveram acesso à aeronave, que permaneceu cerca de uma hora estacionada no Terminal 1, entre bagagistas, agentes de limpeza e técnicos de pista, na busca de eventuais cumplicidades terroristas. A identidade dos passageiros e da tripulação também entrou no pente fino dos serviços de inteligência.