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Ícones da arte moderna em uma exposição inédita

Rupe Rupe (A colheita de frutas), de Paul Gauguin, uma das preciosidades adquiridas por Sergueï Chtchoukine exibidas em Paris. ©Gilles Bassignac/Divergence/JDD

FERNANDO EICHENBERG

PARIS – Entre os programas imperdíveis atualmente em Paris, está uma visita à Fundação Louis Vuitton. Não para ver/rever seu prédio futurista, o elogiado e também controverso projeto arquitetônico de Frank Gehry, mas para extasiar-se com a mostra atualmente em cartaz em seus espaços: “Ícones da arte moderna – a coleção Chtchoukine”.

O russo Sergueï Chtchoukine (1854-1936), rico industrial e conhecido mecenas em seu país, considerado um ousado visionário, acumulou no início do século passado uma das mais impressionantes coleções de arte moderna do mundo. Em 1918, no rastro da Revolução Russa, fugiu clandestinamente para Paris, e seu valioso acervo foi nacionalizado por Lênin. Mais tarde, em 1948, Stálin ordenou a dispersão das obras nos museus Hermitage, de Leningrado (hoje São Petersburgo), e Pouchkine, de Moscou.

A Fundação Louis Vuitton e os dois museus russos se associaram agora para revelar reunidos 127 quadros e esculturas, uma parte da incomparável coleção, na capital francesa. Até 20 de fevereiro de 2017, o privilegiado visitante poderá admirar 29 Picasso, 22 Matisse, 12 Gauguin, oito Cézanne, além de obras de Monet, Van Gogh, Courbet, Renoir, Pissarro, Toulouse-Lautrec, Degas, Sisley, Vuillard, Signac, Douanier Rousseau, Fantin-Latour e ainda muitas outras de renomados artistas.

A Vinha Encarnada (1888), de Van Gogh.

A exposição tem registrado um público em torno de oito mil pessoas pessoas por dia, e a estimativa é de se chegar a 1 milhão de visitantes, superior ao recorde de 913 mil alcançado pelo Grand Palais, em 2010, com a mostra de Monet.

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